sábado, 8 de janeiro de 2011

Isolada em meu mundo..

Acordei hoje estranhamente. Eram 10:30. Nariz parecendo uma turbina congestionada de penas de pássaros. Simplesmente, não passava ar. Apenas agunia.

Minha voz? Nem sei como saiu.

Meus pensamentos? Estranhos. Mas normais como sempre. Querendo ocultar minha existência. Querendo continuar na minha cama para um sempre. Mas como conseguir isso? Dormir.. Apenas dormir.

Onze e cinquenta e sete acordei. Já tinha escutado os ruídos, mas agora estavam mais verozes. Não aguento. Ah, lembrei do meu nariz! Que tamanha desgrada. Pare. Ok.

De vez em quando é assim. Sinto-me na necessidade de me isolar. Só no meu mundo. Um mundo fechado e frágil. Escuro.

O dia iniciou sombrio. Queria falar com ninguém, nem comigo mesma. Queria fechar minha mente e apenas isso. Bateu fome.

Espere.Não quero sair daqui. Não quero falar com ninguém.

Desculpe-me, mas não ti ligarei hoje. Não é nada haver com você, apenas quero ficar no meu mundo. Talvez eu diga um "Oi e boa noite" as 22 horas de hoje, talvez não. Me desculpe.

Não! Espere uma ova! Preciso respirar. Estou sufocando. Voltei a pensar no nariz. Não adianta. Não existe um mundo só meu. Há duas pessoas atrás daquela porta. Preciso me comunicar. Preciso, mas não quero.

Porta, sala.. É, agora cozinha. Estou a beira de cair. Meu corpo está mole, mas preciso comer. E assim mais e mais perguntas. Não consigo respondê-las. Quero ficar calada. Quero apenas comer e me fechar.

Comi. Mudou um pouco. Talvez. Nariz melhor? Nem tanto. Respiração melhor? Nem tanto. E a mente? O que ser isso mesmo?! Coisas estranhas, não loucura, apenas um modo de pensar diferenciado. Me desculpe se sou rudre. Apenas vejo a vida dessa forma, esquisita e pronto.

Minutos passam. Horas passam. Volto para minha cama.

Talvez eu ti ligue hoje, relaxe. Não lhe deixarei de fora do meu mundo. Mas as vezes penso que ninguém consegue entrar no meu mundo, apenas viver na beira dele, me desculpe se penso dessa forma, isso passou agora por minha mente.

Me viro de um lado, para o outro. Calor, calor intenso. Não consigo dormir de jeito algum.

Penso, então escrevo. Penso, mas não consigo assimilar. Penso, o que é pensar? Apenas emaralhado de palavras?!

E assim, vou seguindo... nas palavras, nos pensamentos, e nas vontades... e no meu mundo, só no meu mundo.

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